segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Soy loco por ti, América - Parte II - Pra provar que Belize é um país

- ‘lô! – daqueles “alôs” que parecem mais um soluço.
- Errr.... Alô?
- Quer falar com quem?
- Desculpe. Acho que liguei errado... Queria falar com o Consulado do Belize.
- (mudança no tom da voz) É o Cônsul falando.
- É que eu passei um e-mail perguntando como se faz pra tirar um visto...
- Não vi e-mail nenhum.

(silêncio)

(pensamento: “???”)

(mais silêncio)

- Deve ter tido algum problema, então. Mas você pode me dizer como faz pra tirar o visto?
- Você vai viajar quando?
- Terça que vem...
- O quê?!
- Terça que vem – repito eu, na esperança de que tenha sido um “o quê” de “não estou escutando direito”, e não um “o quê” de “que droga você usou”...
- Impossível! Os Correios demoram mais que isso pra entregar o passaporte.
- E se eu for aí deixar na sua cas... digo, aí no Consulado.
- Tá. Pode ser. Se você preencher os requisitos (Céus! Como convencê-lo de que eu não quero morar ilegalmente no Belize?), eu vejo o que posso fazer.

E assim foi.

Na recepção do prédio, bermudas e sandálias rider (ele, não eu), consegui provar que meu interesse pelo país, apesar de um tanto excêntrico, era inocente, resultado daquela coceira que virimexe dá nos pés.

Saímos todos felizes. Ele, por provavelmente ter concedido o primeiro visto de sua vida, e eu, por ter conseguido o meu.

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