segunda-feira, 4 de outubro de 2010

La dolce vita

Hoje foi um dia histórico.
Peguei todos os sinais abertos, de casa ao trabalho. Sete ao total.

Não me lembro de nenhuma vez em que isso tenha acontecido comigo.

Agora, minha natureza cética me impede de ver qualquer sinal nesses sinais.
Mas devo confessar que antes de ligar meu interruptor de bom senso, quase cheguei a acreditar em uma força metafísica manipulando os controles de engenharia de tráfego.

Nem tanto por causa da agradável coincidência (que me economizou uns cinco minutos); acho que mais porque eu simplesmente não posso negar que sopram bons ventos.

E aí, penso cá com meus botões: são sempre os meus textos que aturam meus maus momentos, meu sarcasmo às vezes nada amigável, e todos os meus “ene” jeitos de desabafar.
É justo então que eu preencha pelo menos algumas linhas com uma modesta felicidade.

Nenhum acontecimento excepcional.
Não ganhei na loteria, não fui promovido, meu time tem levado mais gols do que marcado. Não recebi declarações de amor, não fui eleito mister universo. Nem mister país, nem estado, nem cidade. Acho que nem sequer mister meu quarto.

Mas me sinto bem comigo e com os de quem eu gosto. E mesmo com os que amo (e olha que sou bastante exigente no particular).

Por quê?
Sei lá! Tudo passou a fluir bem.
Ou talvez nada tenha mudado, exceto eu.

Aliás, não estou me importando muito em procurar explicações.

E o meu café?
Sem açúcar, por favor. De doce, já basta a vida.

2 comentários:

  1. Nossa, AMEI!
    Quanta leveza, maravilhoso!
    E o melhor de tudo é ver que vc está tão bem!

    ResponderExcluir
  2. Este está demais! Vale um comentário para dizer que é por isso (e muito mais) que você perambula meus sonhos...

    ResponderExcluir