A recente pendenga envolvendo a NAÇÃO RUBRO-NEGRA (em maiúsculas, pra mostrar a importância) e o ronaldo bolota (com minúsculas, pelo mesmíssimo motivo) me fez refletir sobre essa estória de ídolos no mundo do futebol.
Quando se trata de esporte, é claro que a razão acaba sendo deixada de lado.
Só que – peralá! – há limites.
Em primeiro lugar, a pergunta: o que é um ídolo?
Filologia à parte [bocejo], ídolo, pra mim, é aquele em quem se pode mirar; um exemplo.
Então, ronaldo, você não é, nunca foi, e nunca será meu ídolo.
Não há qualquer mérito em nascer com um dom. Nem é motivo de orgulho.
Digno de aplausos – isso, sim – é o que se faz com ele.
E que ninguém me venha com o papo de “maior artilheiro de todas as copas”, e blablablá.
Isso, meu amigo, ele não fez por mim; fez por ele.
Tenho certeza que o ronaldo bolota não estava pensando em minhas aflições, em casa, quando marcou os seus gols.
Sua cabeça – claro – estava na sua conta bancária (na época, certamente mais rechonchuda que sua silhueta).
Não que haja algo de errado nisso. Estava no seu direito de lutar pelo que é melhor para ele.
Só que isso não o torna um exemplo, um ídolo.
E chego aqui ao ponto crucial.
No futebol, pra ser ídolo, o cara só precisa de três coisas: um dom, usar esse dom (ainda que seja pelo mãnimãnimãni; ninguém se importa) e não fazer grandes besteiras.
ronaldo bolota pecou no terceiro.
Não me refiro apenas ao (humilhante) episódio dos travestis, mas também à traição ao Flamengo.
Traição, sim. E ponto final.
O cara passa a vida inteira jogando fora do Brasil, totalmente indiferente à paixão que move o brasileiro no dia a dia.
Volta pra cá, e jura amor ao Flamengo.
É recebido de braços abertos pela torcida, mesmo estando gordo, machucado e decadente.
Aí, na ÚNICA vez na carreira em que precisava deixar de lado a grana e optar pelo sentimento, faz o quê? Todo mundo sabe.
E aposto que, se ainda tivesse condições de correr, iria embora correndo na primeira oferta que fizessem a mais, fosse do Flamengo, do Palmeiras, ou do Ibis.
Agora, ronaldo bolota, eu lhe pergunto: você acha que é meu ídolo?!
Não! Pode ter certeza que não!
Pra mim, você é só um mercenário, e será tratado como tal.
Afinal, é pago pra isso. E muito bem pago.
Eu até torceria pelo seu fracasso, se fosse preciso.
Mas nem precisa. Você já está no caminho certo...
E tira o olho da minha pizza!
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