segunda-feira, 10 de maio de 2010

Quatro amigos, nenhum destino - Uma aventura no Cone Sul - Parte XXIII - Que nem Ronaldinho

Acordaram às 5h da manhã.

Ainda tinham bem frescas na memória as recomendações daquele guia metido a vulcanólgo e à besta: levar comidas leves e bastante líquido.
Em hipótese alguma, vestir calça jeans.

Encheram a bolsa com suas provisões: dois pacotes de biscoito palmier pequenos (comida “leve”), e um litro de vinho.
Na última hora, alguém ainda lembrou de levar uma garrafinha de água metade bebida.

Foram todos de calça jeans, mesmo.
Afinal, era isso ou bermuda...
Pra não correr riscos, meteram uma por dentro da outra.

Em média, só uma vez por semana era possível escalar o Vulcão Villarica.
Tudo dependia de uma combinação de tempo, atividade sísmica, alinhamento dos astros, humor do guia, e blá, blá, blá.

Não estavam nem aí.
Queriam mesmo era partir logo...

Tiveram que assinar um papel dizendo que eram alpinistas experientes (???), e os únicos responsáveis em caso de morte.
E enquanto todos os outros já pareciam familiarizados com as ferramentas, os quatro ainda as olhavam meio preocupados.

Na van que os levava à base de partida, Shmaicols resolveu falar de amenidades, só pra descontrair:
- Galera! Demos sorte: tem uma gata indo com a gente! Ó... Ó...

Os três olharam assim meio cabreiros, sem saber se aquele papo era sério.

Mas ele continuou:
- Ih! É um casal de lésbicas... Sssssssssssssssssssssssssssss [chupadinha de ar]... A-do-ro!

Aí, não teve jeito.
Todo mundo caiu na gargalhada!

Shmaicols até começou rindo junto com os outros, mas gelou quando sua musa se virou.
Não dava pra enganar: era um homem.

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