Tinham acabado de deixar o seu hotel em Mendoza, e, pra variar, estavam perdidos.
Resolveram, então, unir o útil ao agradável.
Viram uma Mercedes em movimento, com quatro meninas.
Um fanfarrão sugeriu:
- Vamos pedir pra elas encostarem... Quem sabe a gente não consegue puxar um papo, né?
Riso geral.
O autodeboche estava em voga na viagem.
Lá iam eles passar vergonha. De novo...
Emparelharam, buzinaram, acenaram, mandaram beijinhos, e pararam, meio sem esperança, no cantinho da rua.
Para total surpresa dos quatro, elas pararam do lado.
“Donde es la Calle Aristides Villanueva?” – a pergunta era sobre o lugar mais badalado da cidade.
Pensaram, confabularam, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá, ti, ti, ti, ti, ti, ti, ti, ti, ti, e decidiram; iam nos levar lá!
Mas depois não podiam ficar; tinham que ir pra faculdade.
Levaram mesmo.
E foram embora.
Mas ficaram de voltar mais tarde, pra indicar qual era a melhor boate.
Só não iam poder ir com a gente, porque tinham aula no dia seguinte, e num-sei-que-num-sei-que-lá.
Voltaram, levaram.
E foram embora.
De novo!
Não deixaram telefone, endereço, e-mail, nada.
Ou seja: ou eram malucas, ou faziam faculdade de Turismo...
Talvez, as duas coisas.
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