segunda-feira, 28 de junho de 2010

Eu?Ropa! - Parte LVIII - Oswiecim

A frase sobre o portão já é assustadora: "ARBEIT MATCH FRIE".
Não pelo conteúdo - "o trabalho liberta" -, mas por aquilo que significou. Melhor: ainda significa.

Não seria exagero dizer que visitar - digo, conhecer - Auschwitz (em Polonês, "Oswiecim") é um divisor de águas.

Até onde pode chegar o homem?

Impossível pensar, falar, escrever sem sentir algum desconforto.

Refletir é penoso.

É muito fácil pensar (falar e escrever) que os erros do passado são imperdoáveis e injustificáveis.
Poucas são as vozes que se levantam agora - todas elas, evidentemente, sociopatas, psicopatas e quantos patas mais existirem - para apoiar os absurdos perpetrados pelo nazismo.

Mas, há pouco tempo, eram muitas.

Imputar os atos bárbaros a personalidades desviadas é uma vergonha assombrosa.
A culpa é de cada um de nós.

Certamente, daqui a algumas décadas, as futuras gerações, com o dedo em riste, culparão a nossa por permitir atos tão grotescos quanto aqueles que hoje condenamos.

A questão é: há um genocídio acontecendo do lado da sua casa neste momento.
Eu disse "um"? Na verdade, quis dizer "muitos".

E o que você vai fazer sobre o assunto?
O mesmo que fizeram eles: nada?

Já passou há tempos a hora de agir.
É preciso, antes de mais nada, recuperar o tempo perdido.

Não há deuses.
Só o homem pode salvar a humanidade.

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