A frase sobre o portão já é assustadora: "ARBEIT MATCH FRIE".
Não pelo conteúdo - "o trabalho liberta" -, mas por aquilo que significou. Melhor: ainda significa.
Não seria exagero dizer que visitar - digo, conhecer - Auschwitz (em Polonês, "Oswiecim") é um divisor de águas.
Até onde pode chegar o homem?
Impossível pensar, falar, escrever sem sentir algum desconforto.
Refletir é penoso.
É muito fácil pensar (falar e escrever) que os erros do passado são imperdoáveis e injustificáveis.
Poucas são as vozes que se levantam agora - todas elas, evidentemente, sociopatas, psicopatas e quantos patas mais existirem - para apoiar os absurdos perpetrados pelo nazismo.
Mas, há pouco tempo, eram muitas.
Imputar os atos bárbaros a personalidades desviadas é uma vergonha assombrosa.
A culpa é de cada um de nós.
Certamente, daqui a algumas décadas, as futuras gerações, com o dedo em riste, culparão a nossa por permitir atos tão grotescos quanto aqueles que hoje condenamos.
A questão é: há um genocídio acontecendo do lado da sua casa neste momento.
Eu disse "um"? Na verdade, quis dizer "muitos".
E o que você vai fazer sobre o assunto?
O mesmo que fizeram eles: nada?
Já passou há tempos a hora de agir.
É preciso, antes de mais nada, recuperar o tempo perdido.
Não há deuses.
Só o homem pode salvar a humanidade.
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