Como se já não bastasse a desagradável necessidade de dividir as camas durante a viagem, e os roncos bizarros, ainda havia mais um tempero para aquelas noites.
Vira e mexe, Feitosa pregava um susto.
O primeiro foi em Bremen:
- Quem é essa mulher? - berrava, enquanto levava as mãos às partes pudendas.
Mas o pior foi em Zurique:
- Tem um bicho aqui! - pulou da cama, sacudindo freneticamente braços e lençóis, e acendendo a luz.
- Cadê o bicho, cara?
- Tá ali, ó! Na parede...
Acendia a luz, ele sumia.
Apagava, ele voltava.
Era uma sombra.
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