domingo, 1 de agosto de 2010

Por qué yo?

Injeção. Corta, corta, corta.
Puxa. “Vou fazer pressão”. Puxa, puxa, puxa.
Jato d’água. Costura, costura, costura.

Pronto.
Em vinte minutos, eu tinha dois dentes a menos na boca, um complexo coquetel de remédios pra tomar, e três dias pela frente sem fazer nada, em casa.

Aí, eu me pergunto: pra que diabos servem os sisos?
Tivesse eu sido abençoado pelos deuses da evolução, estaria agora rindo daqueles que passam uma semana com cara de Fofão.

Só que, pra (não) variar, fui azarado.
Enfim, só me resta esperar pela apendicite...

Mas não é sobre isso que eu queria falar. Ou melhor, escrever.
Esses dias que passei em casa foram uma renovada demonstração do quanto o ócio é improdutivo.

Uma bisonha matemática às avessas... Explico.

Vida normal: acorda, trabalha, almoça, malha, estuda, lê, sai, dorme, reclama da falta de tempo.
Vida ociosa: acorda, dorme, liga a TV, zapeia todos os canais, come, dorme, come, dorme, zapeia todos os canais, lê uma página, dorme, come, dorme, reclama da falta de tempo.

E foi exatamente assim, entre lençóis e fronhas, sorvetes, meios capítulos e controles remotos que passei a semana.

Entenderam agora por que eu não tenho nada pra dizer aqui?

[bocejo]

Bateu um sono, agora...

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