terça-feira, 7 de setembro de 2010

Boas companhias

Lá fora, a solidão grita, conspira, silencia.
Resguardo-me aqui, dentro de mim.
Acredite, não há lugar seguro como minha companhia.
Até tentaria o risco. Mas ele?
Ele não me tenta, e é exatamente assim
que acabo como eterno escravo de quem sou
(o que, você diz, de certa forma
é melhor do que ser escravo de quem fui.
Ou de quem pretendo ser). É sim.
O problema é que mais quase nada me conforma...
Para calar minha solidão será preciso
bem mais do que fórmulas, corações e rosas.
Porque por mais que eu, esperança,
tente perder-me em pura poesia
Acabo me descobrindo sempre um apreciador
- entusiasta! - de uma boa prosa.

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