segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um uiquéndi com vocês - Parte II - Mai neimi is Will... Willsky

Não há qualquer explicação para o grave lapso.

Ajoelho no milho, dou a mão à palmatória, submeto-me a uma sessão de cinco minutos ininterruptos de Victor e Leo (conto com sua clemência em comutar a última parte da pena em chicotadas). Imploro perdão, enfim.

Afinal, como posso ter deixado de fora durante tanto tempo ele, o protagonista de sete entre dez das melhores estórias da juventude carioca?

A proporção até seria maior, quiçá dez em dez, se nas outras três ele simplesmente não furasse na maior cara de pau, sem dar qualquer satisfação.
Acho que ele não faz por mal.
O problema é que aquele pobre coração boêmio às vezes o convence de que pode estar ao mesmo tempo numa confraternização do trabalho no Leblon, numa festinha do pessoal da faculdade em Nova Iguaçu e, é claro, batendo ponto no Rio Scenarium (onde diariamente cumprimenta seguranças, pergunta sobre a filha do faxineiro e informa à mulher do caixa que “sim, consegui chegar em casa, sim, o problema é que eu não posso beber tequila”).

Refiro-me ao Willsky, mas podem chamá-lo de Will.
É bonitinho. O apelido, não ele.

"Well", Will é, como eu dizia, a personagem principal das estórias mais cabulosas que já vi e ouvi.
Podem apostar que, se um dia eu vencer o que resta de meu limite moral, escreverei um livro só sobre elas.
Mas por enquanto confesso que esse resquício de vergonha ainda me faz vexar com as simples lembranças.

Sendo assim, é bom vocês se contentarem em saber que, naquela quinta-feira, nos encontramos, eu, Lete, Will, e Pimp, “só pra um chopinho de leve”, e relembramos alguns daqueles bons momentos, deixando em estado de perplexo choque todas as mesas vizinhas.

"De leve"?! Ora! Quem eu quero enganar?

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